Monday, October 17, 2005

Charles Bronson


Sempre interpretou o cara rude, mau com os criminosos, justo e que persegue seus ideais.
Rosto entalhado na pedra, bigode, cabelo de índio e um revólver na mão.
Herói antigo, policial tradicional, tipo durão.
Sedãs quatro portas, motor oito canecos, blazer cinza, usa navalha afiada em uma tira de couro e pincel com espuma para fazer a barba.
Clássica série Desejo de Matar, O Vingador, e vários outros filmes que marcaram época e gerações, com toda a certeza.

Tuesday, October 11, 2005

Dia do porre.


Existem várias datas comemorativas - de dia do motorista a dia do desentupidor de fossa - mas não há uma data em que se comemore o porre.
Sim, o porre (também chamado balaço), este estado crítico da embriaguez que sempre termina em bílis, líquidos de cores inéditas, restos do almoço de ontem, uma Coca e qualquer coisa mais com açúcar.
O porre, que nos devolve à realidade, nos joga na cara que somos humanos e que revela que o nosso fígado não é uma destilaria - como imaginávamos - e que, se ainda nos resta um pouco de dignidade, nos faz pensar em parar de beber.

Sob a influência do balaço recordamos como se comportavam os primatas há 3 milhões de anos, os psicopatas tornam-se "sociáveis" e acontecem brigas apoteóticas - vence quem conseguir acertar o segundo soco.
Mas também o porre tem seu lado fraterno.
Uma roda de amigos sem uma cervejinha gelada é qualquer coisa, menos uma roda de amigos. E o porre é a conferência, a paz, a integração dos povos e a comemoração desta união.
O porre é a celebração da vida, na medida em que escapamos inteiros dele, mesmo após suores, enjôos e regurgitações.
O porre - esta maneira carinhosa do álcool dizer: "Cheguei!" - faz companhia aos bêbados, consola as solitárias e favorece uniões há séculos.
Jesus, na última ceia, ao ofertar vinho aos seus apóstolos, oficializou o álcool como bebida sagrada e deixou ao porre o caráter divino que todos os grandes acontecimentos merecem.
Então, façamos um dia do porre, celebrar nunca é demais...